O que acontece depois da morte?

"Todos nós vamos mudar", segundo Paulo

Se você deseja o paraíso dos livros de histórias, onde obtém o desejo do seu coração e vive feliz para sempre, o autor da carta aos judeus poderia simplesmente apoiá-lo. "Agora a fé é a certeza das coisas que se esperam" (Hebreus 11: 1).

Tome nota: confiar em Deus é o preço não negociável da admissão. A eternidade como uma terra de esperança não é uma maneira ruim de imaginar a vida após a morte. Isso pode ou não incluir um suprimento infinito de flocos de milho azuis, mas para mim o céu seria um começo sem eles.

Após a morte, também obtemos clareza. Se é positivo ou negativo, depende das escolhas que fazemos antes do funeral: buscar a luz da verdade ou mergulhar no auto-engano. Se a verdade é o nosso objetivo, "veremos [Deus] cara a cara" (1 Cor. 13:12). É São Paulo quem fala, e é uma premissa que avança várias vezes com confiança.

Paulo descreve nossa perspectiva atual como uma imagem nublada no espelho, incapaz de refletir o quadro geral. A profecia nunca oferece todos os segredos. O conhecimento humano é para sempre incompleto. Somente a morte fornece a grande revelação.

Jeremias permitiu que Deus nos conhecesse intimamente antes de nascermos. Paulo diz que Deus devolve o favor na eternidade, começando no mistério divino. Isso não deveria surpreender, uma vez que somos criados à imagem divina, de acordo com Gênesis. Se nossos espelhos não fossem tão obscurecidos pelo excesso de ego, poderíamos vislumbrar menos de nós - e mais de Deus - agora.

João confirma esse destino: quando o que finalmente for revelado, "seremos como [Deus], ​​porque o veremos como ele é" (1 João 3: 2). João parece empurrar o envelope para além de Paulo, além de "ver" Deus "ser como" Deus. Nossa semelhança familiar com Deus será polida e finalmente libertada. Halos, aqui estamos nós!

"Todos nós seremos transformados", diz Paulo, ao nos rendermos à imortalidade como uma simples troca de roupa (1 Cor. 15: 51–54). Paulo gosta dessa idéia, reafirmando-a em outra troca com o Corinthians. Compare corpos mortais com cortinas: como construtor de cortinas, a metáfora vem prontamente à mente de Paulo. Essas cortinas carnudas são volumosas e pesam sobre nós. Nosso lar celestial nos vestirá melhor, gratuitamente (2 Cor 5: 1–10).

Paulo é ainda mais explícito em sua correspondência com os filipenses. Na vida futura, compartilharemos a natureza glorificada de Cristo, pois Cristo se torna tudo em todos (Filipenses 3:21). Isso implica que cada um de nós adotará o brilho "mais completo" (Marcos 9: 3) mostrado na transfiguração? Trocar a auréola de coco com um brilho de Guadalupe de corpo inteiro?

Esperança satisfeita, clareza, libertação, transformação. Mais alguma coisa nos esperando após a morte? Sério, o que mais você quer? A irmã que ensinou arte na minha escola costumava dizer: "Se Deus te aborrece, quem no mundo vai entretê-lo?" Podemos confiar que a visão beatífica, qualquer que seja a eterna face a face de Deus, satisfará.