Maio, mês de Maria: meditação no vigésimo segundo dia

A PROFECIA DE SIMEON

22 DAY
Salve Maria.

Invocação. - Maria, Mãe da Misericórdia, rogai por nós!

Primeira dor:
A PROFECIA DE SIMEON
Para que a devoção às dores de Maria se enraíze em nossos corações, consideremos uma a uma as espadas que trespassaram o Imaculado Coração da Virgem.
Os Profetas descreveram a vida de Jesus em todos os detalhes, especialmente na Paixão. Nossa Senhora, que conhecia as profecias, aceitando ser a Mãe do Homem das Dores, sabia bem quanto sofrimento enfrentaria.
É providencial não conhecer as cruzes que Deus reserva para nós no decorrer da vida; nossa fraqueza é tal que seria esmagada ao pensar em todas as tribulações futuras. Maria Santíssima, para sofrer e merecer mais, teve um conhecimento detalhado das dores de Jesus, que seriam também as suas. Ao longo de sua vida, ele carregou sua mais amarga amargura em seu coração em paz.
Apresentando o Menino Jesus ao Templo, ouve-se dizer o velho Simeão: «Este Menino é posto como sinal de contradição ... E uma espada trespassará a tua alma» (S. Lucas, II, 34).
E de fato, o coração da Virgem sempre sente o traspassar desta espada. Ele amava Jesus sem limites e ficava triste porque um dia seria perseguido, chamado de blasfemador e possesso, seria inocentemente condenado e depois morto. Visão tão dolorosa não saía de seu Coração materno e ela podia dizer: - Meu amado Jesus é para mim um ramo de mirra! -
O padre Engelgrave escreve que esse sofrimento foi detectado em Santa Brigida. A Virgem disse: Alimentando o meu Jesus, pensei no fel e no vinagre que os inimigos lhe teriam dado no Calvário; enrolando-o nas faixas, meus pensamentos foram para as cordas, com as quais ele seria amarrado como um criminoso; quando o contemplei adormecido, imaginei-o morto; quando olhei para aquelas mãos e pés sagrados, pensei nas unhas que o teriam perfurado e então meus olhos se encheram de lágrimas e meu coração se despedaçou de dor. -
Nós também temos e teremos nossas tribulações na vida; não será a espada afiada de Nossa Senhora, mas certamente para cada alma sua própria cruz pesa sempre. Vamos imitar a Virgem no sofrimento e trazer nossa amargura na paz.
De que adianta ser devotos de Nossa Senhora, se na dor não nos esforçamos para nos resignar à vontade de Deus? Nunca diga quando você sofre: Este sofrimento é demais; superam minha força! - Dizer isso é uma falta de confiança em Deus e uma afronta à sua infinita bondade e sabedoria.
Os homens sabem o peso que suas vestes podem carregar e não lhes dão um peso maior, para não agravá-los. O oleiro sabe quanto tempo seu barro deve permanecer no forno para ser cozido no grau de calor que o torna pronto para uso; não te deixa nem mais nem menos.
Nunca se deve ter pensado em ousar dizer que Deus, Sabedoria infinita e que ama com amor infinito, pode carregar os ombros de suas criaturas com um fardo muito pesado e pode deixá-lo mais tempo do que o necessário no fogo da tribulação.

EXEMPLO

Nas Cartas Anuais da Companhia de Jesus, lemos um episódio que aconteceu a um jovem índio. Ele abraçou a fé católica e viveu como um bom cristão. Um dia ele foi tomado por uma forte tentação; ele não orou, ele não refletiu sobre o mal que estava prestes a fazer; a paixão o cegou.
Ele decidiu sair de casa para cometer um pecado. Enquanto caminhava para a porta, ele ouviu estas palavras: - Pare! … Onde você vai? -
Ele se virou e viu um prodígio: a imagem da Virgem das Dores, que estava na parede, ganhou vida. Nossa Senhora tirou a pequena espada de seu peito e começou a dizer: Vamos, pegue esta espada e fere-me, em vez de meu Filho, com o pecado que você quer cometer! -
O jovem, trêmulo, prostrou-se no chão e com verdadeira contrição pediu perdão, chorando profundamente.

Frustrar. - Não desperdicem os sofrimentos, principalmente dos pequenos, porque oferecidos a Deus pelas almas, são muito preciosos.

Gjaculatório. - Ó Maria, pela tua força na dor, ajuda-nos nas dores da vida!