Meditação de 23 de junho "Ó precioso e maravilhoso banquete"

Ó precioso e maravilhoso banquete!
O Filho Unigênito de Deus, querendo que participemos de sua divindade, assumiu nossa natureza e tornou-se homem para nos tornar, como homens, deuses.
Tudo o que ele levou, ele valorizou para nossa salvação. Na verdade, ele ofereceu seu corpo a Deus Pai como vítima no altar da cruz para nossa reconciliação. Ele derramou o seu sangue fazendo-o valer a pena como preço e como lavagem, para que, redimidos da humilhante escravidão, sejamos purificados de todos os pecados.
Finalmente, para que uma lembrança constante de tão grande benefício pudesse permanecer em nós, ele deixou seu corpo como alimento e seu sangue como bebida aos seus fiéis, sob as espécies de pão e vinho.
Ó banquete inestimável e maravilhoso, que dá aos convidados salvação e alegria sem fim! O que poderia ser mais precioso? Não nos é dada carne de bezerros e bodes, como na antiga lei, mas Cristo, o verdadeiro Deus, nos é dado como alimento.O que poderia ser mais sublime do que este sacramento?
Na realidade, nenhum sacramento é mais saudável do que este: em virtude de sua virtude, os pecados são cancelados, as boas disposições crescem e a mente se enriquece de todos os carismas espirituais. Na Igreja, a Eucaristia é oferecida pelos vivos e pelos mortos, para que beneficie a todos, tendo sido instituída para a salvação de todos.
Finalmente, ninguém pode expressar a doçura deste sacramento. Por meio dela, a doçura espiritual é degustada em sua própria fonte e a memória daquela elevada caridade que Cristo demonstrou em sua paixão é lembrada.
Ele instituiu a Eucaristia na Última Ceia, quando, tendo celebrado a Páscoa com seus discípulos, estava para passar do mundo ao Pai.
A Eucaristia é o memorial da paixão, o cumprimento das figuras da Antiga Aliança, a maior de todas as maravilhas operadas por Cristo, o documento admirável do seu imenso amor pelos homens.