Pílulas de fé 6 de fevereiro "Não é este o carpinteiro?"

José amou Jesus como um pai ama o filho e dedicou-se a Ele, dando-lhe o melhor que podia. José, cuidando do Menino que lhe fora confiado, fez de Jesus um artesão: transmitiu-lhe o seu ofício. Os habitantes de Nazaré falarão, portanto, de Jesus às vezes chamando-o de “carpinteiro” ou “filho do carpinteiro” (Mt 13,55)...

Jesus deve ter se parecido com José em muitos aspectos: na maneira como trabalhava, nos traços de caráter, no sotaque. O realismo de Jesus, o seu espírito de observação, o modo de sentar-se à mesa e partir o pão, o gosto pelo discurso concreto, inspirando-se nas coisas da vida quotidiana: tudo isto é o reflexo da infância e da juventude de Jesus e, portanto, também o reflexo da familiaridade com Giuseppe. Não é possível negar a grandeza do mistério: este Jesus, que é homem, que fala com a inflexão de uma determinada região de Israel, que se assemelha a um artesão chamado José, este é o Filho de Deus. E que pode ensinar qualquer coisa Quem é Deus? Mas Jesus é verdadeiramente homem e vive normalmente: primeiro como criança, depois como menino que começa a ajudar na oficina de José, finalmente como homem maduro, na plenitude da sua idade: "E Jesus crescia em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens” (Lc 2,52).

José foi, na ordem natural, o mestre de Jesus: mantinha relações quotidianas delicadas e afetuosas com Ele, e cuidava dele com feliz abnegação. Não será tudo isto uma boa razão para considerar este homem justo (Mt 1,19), este santo Patriarca, em quem culmina a fé da Antiga Aliança, como um Mestre de vida interior?