Santidade: um dos atributos mais importantes de Deus

A santidade de Deus é um dos seus atributos que traz consequências monumentais para todas as pessoas na terra.

No hebraico antigo, a palavra traduzida como "santa" (qodeish) significava "separada" ou "separada de". A absoluta pureza moral e ética de Deus o distingue de todos os outros seres do universo.

A Bíblia diz: "Não há ninguém santo como o Senhor". (1 Samuel 2: 2, NVI)

O profeta Isaías teve uma visão de Deus na qual os serafins, seres celestiais alados, se chamavam: "Santo, santo, santo é o Senhor Todo-Poderoso." (Isaías 6: 3, NIV) O uso de "santo" três vezes enfatiza a santidade única de Deus, mas alguns estudiosos da Bíblia acreditam que há um "santo" para cada membro da Trindade: Deus Pai, Filho e Santo Espírito. Cada Pessoa da Divindade é igual em santidade às outras.

Para os humanos, santidade geralmente significa obedecer à lei de Deus, mas para Deus a lei não é externa: faz parte de sua essência. Deus é a lei. Ele é incapaz de se contradizer porque a bondade moral é sua própria natureza.

A santidade de Deus é um tema recorrente na Bíblia
Durante as Escrituras, a santidade de Deus é um tema recorrente. Os escritores bíblicos fazem um forte contraste entre o caráter do Senhor e o da humanidade. A sacralidade de Deus era tão alta que os escritores do Antigo Testamento evitaram usar o nome pessoal de Deus, que Deus revelou a Moisés da sarça ardente no monte Sinai.

Os primeiros patriarcas, Abraão, Isaac e Jacó, referiam-se a Deus como "El Shaddai", que significa o Todo-Poderoso. Quando Deus disse a Moisés que seu nome era "EU SOU O QUE SOU", traduzido como YAHWEH em hebraico, ele o revelou como o Ser incriado, o Existente. Os antigos hebreus consideravam aquele nome tão sagrado que não o pronunciavam em voz alta, substituindo-o por "Senhor".

Quando Deus deu a Moisés os Dez Mandamentos, proibiu expressamente o uso desrespeitoso do nome de Deus.Um ataque ao nome de Deus foi um ataque à santidade de Deus, uma questão de grave desprezo.

Ignorar a santidade de Deus tem levado a consequências mortais. Os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, agiram contrariamente às ordens de Deus em seus deveres sacerdotais e os mataram com fogo. Muitos anos depois, quando o rei Davi estava movendo a Arca da Aliança em uma carruagem - violando as ordens de Deus - ela tombou quando os bois tropeçaram e um homem chamado Uzá a tocou para estabilizá-la. Deus atingiu Uzzah imediatamente.

A santidade de Deus é a base da salvação
Ironicamente, o plano de salvação se baseava exatamente no que separava o Senhor da humanidade: a santidade de Deus. Por centenas de anos, o povo israelense do Antigo Testamento foi amarrado a um sistema de sacrifícios de animais para expiar seus próprios pecados. No entanto, essa solução foi apenas temporária. Já no tempo de Adão, Deus havia prometido ao povo um Messias.

Um Salvador era necessário por três motivos. Primeiro, Deus sabia que os seres humanos nunca poderiam atingir seus padrões de santidade perfeita com seu comportamento ou boas obras. Em segundo lugar, era necessário um sacrifício imaculado para pagar a dívida pelos pecados da humanidade. E terceiro, Deus usaria o Messias para transferir santidade para homens e mulheres pecadores.

Para satisfazer sua necessidade de sacrifício impecável, o próprio Deus teve que se tornar esse Salvador. Jesus, o Filho de Deus, encarnou como um ser humano, nascido de uma mulher, mas mantendo sua santidade porque foi concebido pelo poder do Espírito Santo. Esse nascimento virginal impediu a passagem do pecado de Adão para o filho de Cristo. Quando Jesus morreu na cruz, tornou-se o sacrifício certo, punido por todos os pecados da raça humana, passado, presente e futuro.

Deus Pai ressuscitou Jesus dentre os mortos para mostrar que ele aceitava a oferta perfeita de Cristo. Portanto, para garantir que os humanos obedeçam a seus padrões, Deus imputa ou atribui a santidade de Cristo a toda pessoa que recebe Jesus como Salvador. Este presente gratuito, chamado graça, justifica ou santifica todo seguidor de Cristo. Ao trazer a justiça de Jesus, eles são qualificados para entrar no céu.

Mas nada disso teria sido possível sem o tremendo amor de Deus, outro de seus atributos perfeitos. Por amor, Deus acreditou que valia a pena salvar o mundo. O próprio amor o levou a sacrificar seu amado Filho e então aplicar a justiça de Cristo aos humanos redimidos. Por causa do amor, a mesma santidade que parecia um obstáculo intransponível, tornou-se a forma de Deus conceder a vida eterna a todos os que o buscam.